Foto: Léo Otero
Sonia Guajajara será ministra dos Povos Indígenas
Ministério dos Povos Indígenas e anunciou a nomeação da líder indígena, Sonia Guajajara como ministra. O convite foi formalizado nesta quarta-feira (28) a noite, numa reunião em Brasília onde o presidente fez o convite diretamente à Sonia que, como já vinha declarando, aceitou o posto, ciente do desafio que terá pela frente.
“Me sinto muito honrada e feliz com essa nomeação. Mais do que uma conquista pessoal, esta é uma conquista coletiva dos povos indígenas do Brasil, um marco na nossa história de luta e resistência. A criação do Ministério dos Povos Indígenas é a confirmação do compromisso que o presidente Lula assume conosco, garantindo a nós autonomia e espaço para tomar decisões sobre nossos territórios, nossos corpos e nossos modos de viver”, declara Sonia.
Em 2018 Sonia Guajajara foi candidata a vice presidência da República compondo a chapa com Guilherme Boulos, abrindo a discussão dentro do movimento indígena para a importância de ocupar a política. Não foi eleita , porém trouxe a pauta indígena e ambiental para o centro do debate político e prosseguiu ampliando a visibilidade e a incidência dos povos indígenas no Brasil. Neste ano de eleição, atendendo ao chamado da APIB, assumiu o compromisso de aldear a política brasileira, lançando, junto a outras candidaturas indígenas, sua campanha à deputada federal pelo estado de São Paulo, se tornando a primeira deputada indígena eleita no estado e a indígena com a maior votação da história. Leia mais
nia Guajajara será ministra dos Povos Indígenas
Ministério dos Povos Indígenas e anunciou a nomeação da líder indígena, Sonia Guajajara como ministra. O convite foi formalizado nesta quarta-feira (28) a noite, numa reunião em Brasília onde o presidente fez o convite diretamente à Sonia que, como já vinha declarando, aceitou o posto, ciente do desafio que terá pela frente.
“Me sinto muito honrada e feliz com essa nomeação. Mais do que uma conquista pessoal, esta é uma conquista coletiva dos povos indígenas do Brasil, um marco na nossa história de luta e resistência. A criação do Ministério dos Povos Indígenas é a confirmação do compromisso que o presidente Lula assume conosco, garantindo a nós autonomia e espaço para tomar decisões sobre nossos territórios, nossos corpos e nossos modos de viver”, declara Sonia.
Em 2018 Sonia Guajajara foi candidata a vice presidência da República compondo a chapa com Guilherme Boulos, abrindo a discussão dentro do movimento indígena para a importância de ocupar a política. Não foi eleita , porém trouxe a pauta indígena e ambiental para o centro do debate político e prosseguiu ampliando a visibilidade e a incidência dos povos indígenas no Brasil. Neste ano de eleição, atendendo ao chamado da APIB, assumiu o compromisso de aldear a política brasileira, lançando, junto a outras candidaturas indígenas, sua campanha à deputada federal pelo estado de São Paulo, se tornando a primeira deputada indígena eleita no estado e a indígena com a maior votação da história. Leia mais
Foto: Léo Otero
Mulheres indígenas no poder!
Os povos indígenas representam 5% da população mundial, e somos responsáveis pela preservação de 80% da biodiversidade do planeta! Além disso, de acordo com relatório do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas da ONU), nosso modo de vida contribui decisivamente para o equilíbrio do clima do planeta.
Não é possível que mesmo sendo os principais guardiões da natureza, nós ainda estejamos tão sub representados no Congresso Nacional, com apenas 2 indígenas eleitos em toda a história da nossa República!
Com a participação das mulheres indígenas, as guardiãs das florestas, nas decisões coletivas, ocupando lugares de resistência e liderança, queremos ampliar o chamado para a luta pela Mãe Terra, que é a mãe de todas as lutas.
O Brasil de 2022 tem o dever histórico de reparar os erros cometidos nos últimos 4 anos. Vamos eleger uma forte Bancada do Cocar e da Terra e, com a força e a visão das mulheres indígenas, vamos levar para o Brasil inteiro e para o mundo nossa luta!
Nossa campanha é uma construção coletiva!
Fazer política é mais do que se candidatar ou eleger alguém. Acreditamos que política se faz em coletivo, articulando pessoas, povos e corações: olho no olho, com os dois pés no chão e sonhando em conjunto!
A gente deu até nome para isso: Aldear a política! Trazer essa dinâmica para perto das pessoas, criando espaços de troca, diálogo e acolhimento. É assim que construiremos uma democracia forte, onde todos andam juntos, semeando o respeito, a diversidade e a fraternidade!
Para defender nosso jeito de estar junto, criamos as Casas Cocar, comitês domésticos da nossa campanha onde são organizadas rodas de conversa, atividades culturais e distribuição de material de campanha.
É a partir de onde essa campanha toma forma, e a partir de onde vamos, em coletivo, reflorestando mentes, corações e o Brasil!
Quem é Sônia Guajajara
Sônia é do Povo Guajajara/Tentehar, que habita as matas da Terra Indígena Araribóia, no estado do Maranhão, Brasil. É filha de pais analfabetos e hoje mãe de três filhos.
Graduada em Letras e Enfermagem, fez pós-graduação em Educação Especial, destaca-se por sua luta pelos direitos dos povos originários e pelo meio ambiente. Em 2022, foi escolhida pela revista Time como uma das 100 pessoas mais influentes do mundo.
Hoje, é candidata a deputada federal pelo estado de São Paulo pelo PSOL. Sua grande proposta é trazer as vozes dos povos originários e historicamente oprimidos e silenciados ao centro do debate político brasileiro: Indígenas, população negra, caiçaras e quilombolas. Suas principais bandeiras são a defesa da Amazônia e da Mata Atlântica, a defesa dos direitos das minorias, o respeito à diversidade e à pluralidade e a reconstrução da democracia no Brasil, que foi tão enfraquecida nos últimos 4 anos.
Sônia tem voz no Conselho de Direitos Humanos da ONU e, desde 2009, leva denúncias às Conferências Mundiais do Clima (COP), ao Parlamento Europeu, entre outros órgãos e instâncias internacionais. Entre os prêmios e honrarias que recebeu estão: Prêmio Ordem do Mérito Cultural do Ministério da Cultura, em 2015; Medalha 18 de Janeiro pelo Centro de Promoção da Cidadania e Defesa dos Direitos Humanos Padre Josimo e Medalha Honra ao Mérito do Governo do Estado do Maranhão, pela grande articulação com os órgãos governamentais no período das queimadas florestais na Terra Indígena Araribóia; Prêmio João Canuto pelos Direitos Humanos da Amazônia e da Liberdade da Organização Movimento Humanos Direitos, em 2018 e o prêmio Packard concedido pela Comissão Mundial de áreas protegidas da União Internacional para Conservação da Natureza (UICN), em 2019.